Não deixe o forró morrer, Lucy Alves
Um dos melhores momentos que passei no intercâmbio no Chile foram os dias de festas pátrias do país das cordilheiras. As fondas, que invadem todas as cidades e todos os cantos do país, são espaços onde as famílias podem festejar, comer, beber e dançar a típica coreografia chilena: a cueca. Realizada em duplas, a cueca consiste em um cortejo do homem à dama, em queo casal se acerca e se esquiva, agilmente, sapateando no ritmo da música. Todo o espaço da fonda lembra muito ao que chamamos de “Festa de São João” ou “Festa Junina” do Brasil, em que um ritmo se destaca, o forró.O forró é um ritmo criado no nordeste brasileiro, em que se misturam vários estilos musicais, como o baião, a quadrilha e o xaxado. Tendo como precursor Luiz Gonzaga, o ritmo, no entanto, andava sem muitos intérpretes jovens que chamassem a atenção dos vários públicos de norte a sul do Brasil. Para acabar com essa sede de cantores de forró, um programa de televisão revelou a cantora Lucy Alves, que é uma combinação de uma acordeonista de talento e com uma voz afinada e única. Com a sua perfeita interpretação da composição de Luiz Gonzaga “Qui nem Jiló”, a musicista chamou a atenção de consagrados cantores de forró, e começou a disparar fora dos realities.
Neste contexto, Lucy Alves foi chamada para gravar o álbum “Lucy Alves & Clã Brasil no Forró do Seu Rosil”, pela produtora e gravadora Biscoito Fino. Ao entrar nesta gravadora, Lucy começa a ser teus discos produzidos pelas mesma marca que hoje leva nomes como Chico Buarque, Maria Bethânia e Mônica Salmaso. Esse disco de 2015, seu último gravado, é uma homenagem ao centenário do compositor Rosil Cavalcanti.
O CD possui onze canções: 8 composições de Rosil e três inéditas que possuem letra do compositor e foram musicadas por Badu Alves, pai da cantora. Em “Lucy Alves & Clã Brasil no Forró do Seu Rosil” todas as músicas recebem uma roupagem inédita e caprichada com força e suavidade, uma amostra da grande competência da cantora e sua importância para o forró. O disco é lindo, não só por misturar a cultura popular em que nasceu e cresceu Lucy, mas por também ser executado ao lado de toda família, o Clã Brasil, banda em que tocam o pai, mãe e irmãs da proeminente cantora. Todos os músicos da família Alves são de uma competência inegável, e estão prontos para animar qualquer festa junina ou show acústico de norte a sul do Brasil.
A faixa que mais chama a atenção no disco é a regravação da consagrada música “Sebastiana”, que tem sua primeira versão na voz de “Jackson do Pandeiro”. “Sabastiana” é uma das músicas que não podem deixar de tocar em Festas de São João de respeito. O que Lucy faz com a composição é manter o ritmo e melodia, acrescentando a feminilidade e força de sua voz, tendo sucesso na altura e o no fôlego. Cantar Sebastiana não é fácil. E a cantora consegue fazer a interpretação com qualidade tanto no CD quanto nos shows ao-vivo, atividade que vem ocupando a agenda da cantora nos últimos anos, que raramente foi vista com agenda livre.
Para confirmar a firme composição de Badu Alves está a inédita “Gibão”. Mais lenta e cadenciada, a música entrega os solos para o acordeón. Em momentos da canção, a voz de Lucy acompanha, com muita afinação, os solos saídos do instrumento tocado pela cantora.
A faixa que mais chama a atenção no disco é a regravação da consagrada música “Sebastiana”, que tem sua primeira versão na voz de “Jackson do Pandeiro”. “Sabastiana” é uma das músicas que não podem deixar de tocar em Festas de São João de respeito. O que Lucy faz com a composição é manter o ritmo e melodia, acrescentando a feminilidade e força de sua voz, tendo sucesso na altura e o no fôlego. Cantar Sebastiana não é fácil. E a cantora consegue fazer a interpretação com qualidade tanto no CD quanto nos shows ao-vivo, atividade que vem ocupando a agenda da cantora nos últimos anos, que raramente foi vista com agenda livre.
Para confirmar a firme composição de Badu Alves está a inédita “Gibão”. Mais lenta e cadenciada, a música entrega os solos para o acordeón. Em momentos da canção, a voz de Lucy acompanha, com muita afinação, os solos saídos do instrumento tocado pela cantora.
Se nas festas pátrias não pode faltar a cueca, nas festas juninas não podem faltar o forró. Acrescento: não pode faltar o forró de Lucy Alves. Mas por que a cantora, que já está tão reconhecida, não grava um novo álbum, com canções próprias ou da família? Não deixe o forró morrer, Lucy, não deixe o forró acabar. Porque as festas juninas são feitas de forró, e todo o povo brasileiro, em junho, quer dançar. E se alguém ainda não viu um casal dançando bom forró, deixo de presente o vídeo a seguir.
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Artista: Lucy Alves e Clã Brasil
Artista: Lucy Alves e Clã Brasil
Álbum: Lucy Alves & Clã Brasil no Forró do Seu Rosil
Duración: 40 minutos
Género: Forró
Valor: R$ 30.00 ($5.000)
Por Camila Ignácio Geraldo


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